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Processo de design: Comece do núcleo e projete para fora

Thiago Lucas
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Design
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7/16/2019
Preocupe-se com o que será mais profundo primeiro.

 Veja este artigo no médium

Foto por Daria Shevtsova, '​'experiência'​'​.

O propósito deste artigo não é dar uma formula "magica" para o seu processo de design, e nem te apresentar a tão obvia forma de processo criativo; percepção do problema, teorização do problema, considerar uma a solução, produzir a solução e por fim produzir e finalizar a solução em equipe, falei sobre equipe em meu artigo anterior, onde falei coisas importantes sobre o processo criativo.

A proposito pretendo passar um ''formato'', o que existe em comum em todos os processos funcionais, algo para fazer parte do debate em equipe, ou do seu processo criativo ''global'', por que existe esse ''padrão''?, explicarei o por que ''do núcleo para fora'', qual a sua importância, e como pode ser usado.

Começando a partir da essência

Você já viu como os arquitetos planejam e projetam uma casa? Eles não pensam em que tipo de ladrilhos irão para o chuveiro ou que marca de pia colocar na cozinha até que os planejamentos do piso estejam prontos. Todo arquiteto sabe que os detalhes só complicarão o processo, e é por isso que eles são deixados para depois.

Acredito firmemente que os detalhes fazem a diferença a longo prazo. Mas você não pode se deixar afogar neles porque perderá o foco no que é essencial. Se você entrar em detalhes, começará a debater cedo no processo, no que é essencial e no que não é. Isso levará a longas reuniões, problemas de gerenciamento, perda de tempo e oportunidades. Pregue o básico primeiro e concentre-se nos detalhes mais tarde.

Walt Stanchfield, um famoso animador do Walt Disney Studios, disse uma vez em uma palestra: "ignore os detalhes primeiro". Detalhes não te compram nada no começo. De qualquer forma, você entenderá melhor os detalhes assim que começar a construir e usar o produto. Então você começa a sentir o que está faltando. Até então, é adivinhação.

Projetar a partir do núcleo se concentra primeiro na essência verdadeira e, em seguida, construir para fora. Vamos pegar uma página do blog como um exemplo. Você começa a ignorar os detalhes no início, que são: a barra de navegação, guias, rodapé, bardo lateral, logotipo, cores etc. Em vez disso, você começa com a coisa mais importante primeiro, que é o conteúdo. Que tipo de conteúdo teremos? Quanto conteúdo? Com que frequência? Quantos autores?

Somente quando você termina com o “planejamento do piso” você começa a pensar na segunda coisa mais crítica. Depois do segundo, você irá para a terceira coisa essencial e assim por diante. Isso está começando do núcleo. Essa abordagem é diferente de, vamos construir o quadro e depois soltar o conteúdo. Ocorreu ai uma falha, onde que a primeira coisa do processo deveria ser apenas o uso da mente, a estrategia.

No caso se for colocar o desenvolvedor web primeiro, você começa a projetar a forma primeiro, depois adiciona o nav/footer, depois o material de marketing, depois os pequenos detalhes e somente depois disso você adiciona o conteúdo. Você empalha o conteúdo no que resta. Você deixa o propósito real da página ser derramado em cantos. É um processo confuso que pega o que deveria ser uma prioridade e salva-a para o final.

Este processo é retirado da indústria automobilística; primeiro você desenha uma estrutura de carro, ajusta os detalhes e ajusta o resto nele (as cadeiras, a roda, pequenos detalhes, motor, etc.)

Não há nada de errado com o processo, mas vamos dar outro exemplo. E se você quiser construir um carro elétrico inteligente? O núcleo disso seria o sistema ou o CarOS (sistema operacional). Você pensaria que precisamos projetar o corpo primeiro e que tipo de baterias usar. Na verdade não. Esses já são detalhes. Nesse caso, você nem precisa do carro. Tudo que você precisa é o cérebro primeiro. A razão pela qual você está construindo este carro é o CarOS, que é o que faz dele um carro inteligente. Depois de acertar, você se concentra nas baterias, depois no corpo, depois no interior e depois em outros pequenos detalhes.

Projetando a partir do núcleo para o exterior vira o processo e permite que você se concentre no que importa desde o primeiro dia. Essenciais primeiro, extras em segundo. Além disso, permite iniciar a discussão entre designers e desenvolvedores sobre o que é importante para o seu produto, em vez de esperar que todos os detalhes caiam.

A designer de experiencia (UX), Ida Aalen publicou em janeiro de 2015 um artigo com o titulo, “O modelo central: projetando de dentro para fora para melhores resultados”, que fala com profundidade o processo do núcleo para fora do design de sites, onde chama de o “modelo central”.

Eu poderia ficar aqui citando diversos exemplos que, o que funciona, é feito a partir da essência, de fato de dentro para fora, em minha experiencia pude notar que isso estava presente em uma estrategia de marca, um planejamento criativo e ate mesmo na hora de criar algo operacional como design gráfico, todos os processos possíveis que já observei, que funcionam bem, são assim.

Entendendo a essência

Distinguir oque vai ser detalhe e estrutura, diferenciar, prioridade e importância, são pensamentos para o plano que alinha a criatividade, o processo criativo é uma jornada do abstrato ao tangível, não que o tangível não traga a experiência emocional, não que o abstrato deva ser escondido.

A essência é retratada em estratégia, no inicio de projetos, planejamos o que deve ser a essência para o esperado resultado final, produto, serviço ou negocio, onde fazemos perguntas como, ''o que deve ser refletido sobre isso?'', ''que tipo de experiencia deve acontecer, qual emoção quero provocar?'', quando nos perguntamos no ponto de partida, o que é o mais importante do processo do nosso projeto, mas normalmente as primeiras coisas que vem são de fato detalhes em nossa mente.

Podemos notar um fato bastante intrigante, a criação e feita de dentro para fora não é mesmo?, agora analise um pouco quando você compra um produto, você é atraído e procura geralmente pela embalagem, primeiramente, logo você experimenta, usa aquele produto, e dependendo de como foi sua experiencia, ruim ou boa, você reflete sobre aquele produto, ''sera que eu devo continuar usando isto?", "sera que me faz tão bem assim?", conseguiu ver?, consumimos de fora para dentro, onde que a fase mais impactante, que e quando o consumidor reflete é quando criamos laços emocionais, é quando nos chegamos no nível reflexivo, na essência do produto, que foi a primeira coisa pensada por seus criadores.

Esta claro o fator chave que prova a existência da essência, o coração, o núcleo, que é a ultima fase da experiencia. Por mais que os detalhes sejam por ultimo, não significa que ele deva ser menos trabalhado, ele deve ser igualmente tratado com alta qualidade, pois é a primeira experiencia na hora do consumo do produto. Consumimos de fora para dentro, algo que foi criado de dentro para fora.

O processo de visualizar algo, ou podemos dizer, "comprar com o olho", que também acontece por outros sensores, onde ao usar é testado sua funcionalidade e posteriormente refletido a experiencia sobre aquilo, é um conceito estudado e criado por Donald Norman, o conceito Design emocional, possui três níveis, que são o design visceral, que esta ligado a nossa atração estética, design comportamental, que é a relação da nossa usabilidade daquelas funções e o design reflexivo que é a relação emocional que criamos com aquele produto, que nos faz voltar e pensar sobre ele.

O design emocional busca entender a experiencia da emoção ao interagirmos com produtos, contudo podemos notar o processo de criação de forma invertida, como o próprio Donald aborda, o design reflexivo, que é o ultimo estagio da experiencia emocional, é o estagio não menos ou mais importante, mas sim o que mais causa impacto emocional, trabalha diretamente a memorabilidade de todo aquele conceito.Pude notar, é com esta análise, crio então essa teoria, de algo bastante obvio por sinal, fazendo a ligação de como criamos e como consumimos, ao consumir ''ativamos'' nossas emoções, e Donald explica nossas emoções em passos do design emocional, e comprova que esta certo por métodos científicos, contudo, eu acredito que já que deve ser criado a estrategia a partir da essência.

Faz todo o sentido acontecer assim, o consumo e feito a partir dos detalhes, é a criação começa no ultimo estagio que pretendemos causar de sentimentos do futuro usuário, pois tente imaginar se fosse criado a partir dos detalhes... provavelmente la na frente teríamos que fazer algum tipo de retrabalho, por que vamos chegar depois na essência e vamos perceber que erramos nos detalhes, que não esta de acordo, ai teremos que voltar ao detalhe concertando tudo.

Minha ideia neste artigo não é aprofundar muito sobre o design emocional, em seu livro, Donald Norman aborda com maestria o assunto; Por que adoramos (ou detestamos) os objetos do dia a dia. Minha ideia ao abordar o design emocional é demonstrar a importância de começarmos pela essência, que basicamente é a estrategia da pergunta, ''como eu quero que isso seja lembrado?'', ''como pode fazer parte da rotina de uma pessoa?'', onde que o coração daquela criação será desfrutada no ultimo nível de experiencia, o design reflexivo.

Criatividade e Inteligência

O processo criativo e conduzido, guiado e finalizado pela criatividade, capacidade que expliquei como podemos trabalha-la em meu artigo anterior, ''o próximo nível da potência criativa", compreendemos que o poder de criar e dado pelo quanto de conhecimento temos, estou falando do processo criativo quando digo isso, porem não de uma forma direta, todo o conteúdo que demostro a necessidade de ser consumido em meu artigo anterior faz parte de um bom processo criativo, por isso ressalto a importância da mentalidade polimática, ter a consciência de buscar proficiência e criatividade estudando múltiplos domínios, é um fator de impacto no processo criativo, se você conhece mais sobre, conseguira fazer mais e melhor.

O processo criativo é algo para ser planejado, não pode existir uma formula secreta, um passo a passo, o que existe verdadeiramente é um molde, algo que você aprende ao usar a primeira vez um processo, caso venha ser feito novamente aquela criação é usado um processo similar, por que você já estudou e sabe das praticas daquele percurso, mas nem sempre é igual, ainda mais se for algo de alta personalização, um carro por exemplo não tem quase personalização alguma, por ser vendido em massa modelos idênticos, por isso usam um molde, um padrão de processo para fabricá-lo, caso mude algum parâmetro, muda o processo de criação do mesmo, seguindo apenas os pontos em comuns, que costuma a ser bastante constates entre processos de coisas diferentes.

Em 1911, William James aconselhou em  Sobre Reservas Vitais: As Energias dos Homens. O Evangelho do Relaxamento"Quando você está fazendo suas resoluções gerais [criativas] e decidindo sobre seus planos de campanha, mantenha-os fora dos detalhes. Quando uma decisão for tomada e a execução estiver na ordem do dia, descarte absolutamente toda a responsabilidade e se preocupe com o Desprenda, em uma palavra, sua maquinaria intelectual e prática, e deixe-a correr livremente; e o serviço que você fará será duas vezes melhor.

As palavras de James são proféticas ao identificar a importância de "desclassificar" a memória explícita (quando resolvemos problemas sem perceber, com consciência) e a função executiva do córtex pré-frontal para quebrar o ciclo de "paralisia pela análise" e alcançar um estado de pensamento criativo superfluido. O tema sobre onde ''processamos criatividade'', também abordo em meu artigo anterior, onde explico que criatividade e a ação de fazer algo crescer, surgir, contudo o processo criativo é o como você fez isso acontecer, isso ser criado.

Finalização

Agradeço você por ter chegado até aqui, por ter investido seu tempo, tenho certeza que isso poderá lhe ajudar em algum momento oportuno, minha missão aqui é passar o ensinamento que também foi adquirido por meio de um ensinador, seja um, especialista, estudioso, ou outros artigos e não esquecendo também de minhas praticas, espero poder ajudar e cooperar para enfatizar a importância do design para o mundo.

Estou muito contente em telo aqui, espero poder ajudar em outros artigos também, por que não mantemos contato?

Linkedin: /thiagolc4 // Instagram: @thiago_lc4 // Twitter: /thiago_lc4

Outros links em linktr.ee/thiago_lc4

Outros créditos: Foto de capa por Daria Shevtsova em Pexels.

Inspiração central para a produção deste artigo: artigo de Laroche

Se você não sente vergonha de quem foi no ano passado, não esta estudando o suficiente.

Artigo feito por Thiago Lucas, seguindo referencias inspiradas em livros, profissionais da área, outros artigos digitais além de sua experiencia na atuação.

Thiago Lucas
Thiago Lucas é um empreendedor polimático, designer e instrutor.

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