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10 coisas que aprendi vivendo 01 mês com monges budistas.

Thiago Lucas
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Mente
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4/17/2020

“O conflito não é entre o bem ou o mal, mas entre o conhecimento e a ignorância”


Trago uma construção diferente do que costumo escrever em meus artigos, pretendo entrar em linhas filosóficas que estimulam um estilo de vida novo, não venho abordar um posicionamento teológico, mas sim crenças construídas com vivência, o que aprendi passando um mês no Centro de Meditação Kadampa são coisas que valem a pena ser refletidas.

Você pode ver fotos minhas no templo aqui; Ver fotos.


Centro de meditação Kadampa Brasil


Em toda sua magnitude religiosa, com seus conceitos e ensinamentos, de modo prático consegui extrair lições que conversam com nosso dia-a-dia, porque como todos sabem, tradicionalmente monges não interagem com os citados “leigos”, monges convivem com monges apenas, porém em novas tradições nascidas do budismo tibetano, foram criados espaços de disseminação da entendida filosofia budista, neste caso a tradição Kadampa.

Podemos dividir todo o conhecimento em dois grandes campos, o primeiro sendo o problema que enfrentamos de acordo com o budismo e o segundo como resolvê-los. Então todo problema apresentado pretendo ligar a alguma solução sendo que, ao mesmo tempo, alguns problemas estão ligados um ao outro, embora feito em uma ordem, isso não significa diferença de importância de uma lição para a outra. Eis as 10 lições que fazem parte da minha jornada:

  1. A mente cria tudo. Relato como a primeira e a mais complexa lição, cuja outras fontes de conhecimento como o Hermetismo descreve a inexistência da matéria como óbvio. Traz de modo literal que, a mente cria tudo, significa que o que pensamos de alguém, o que gostamos, odiamos, fazemos ou deixamos de fazer, é tudo criado primordialmente na mente e necessariamente não existe. Inclusive como retrata o livro Como entender a mente do venerável Kelsang Gyatso, a mente é responsável por todos os incontáveis aspectos da vida, como personalidade, consequências e até mesmo matéria. Qualquer pessoa (qualidade normal) que tomou conhecimento de que pode mudar os fatos da sua realidade imediata, mudando seus próprios pensamentos, e põe em prática tal qualidade. O pensamento e imaginação habituais moldam, ajustam e criam nosso próprio destino, pois o homem é o que pensa em seu subconsciente. 
  2. Você é responsável pelas consequências de sua vida. Pode ser entendi que a todo momento, coisas acontece em sua vida porque você é merecedor daquele acontecimento, sendo ruim ou bom. Isso implica a lei de causa e efeito, que é devidamente conhecida e disseminada nos tempos atuais muitas das vezes como consequência. Ela sempre acontecerá, existem muitos planos de causalidade, mas nada escapa à Lei. Se aprofundando um pouco mais encontramos o que chamam de Karma, também outras  filosofias como a do presente empreendedorismo, entendemos que essa lei nos alerta, que somos senhores de nós mesmos, sendo responsáveis pelo futuro que nos espera, a partir do esforço escolhemos como as coisas serão.
  3. Auto-Apreço é a jornada infeliz. Quando acreditamos que nossa felicidade e liberdade são mais importantes que a dos outros, essa é a mente de auto-apreço(Ego). Dessa maneira, todos os nossos problemas, externos e internos, originam-se direta ou indiretamente de nossa atitude de auto-apreço e não podem ser atribuídos a nenhuma outra fonte. Entende-se que o ego é provocante e provocado pelo auto-agarramento, que significa que você precisa defender e alimentar o seu “Eu”, exemplo do fato é que: ao ser ofendido, sua mente entende que algo está agredindo sua “imagem eu”, e por você acreditar que precisa defender algo aparentemente intangível como o eu, você contra ataca, defendendo o eu, defendendo o ego, na busca de estar por cima independente da circunstância. Assim como esses pequenos sofrimentos afloram em consequência do auto-apreço, os grandes sofrimentos do mundo, como as guerras entre as nações, também têm a mesma origem. No final, discursos ofensivos, apenas são ofensivos por que nos ofendemos, pessoas que não o conhecem e não possuem nenhuma certeza sobre você, consegue ter esse poder de ofensa, dado por você mesmo, em um ato de  resposta ao desnecessário. Auto-apreço é a mente sem tranquilidade.
  4. Seja bom, não importa a quem. Essa prática é de benefício não apenas para o outro, mas é para você, porque você se ajuda, ajudando os outros. Pode ser visto como o caminho para vencer o descontrole do auto-apreço. Quando você ver as coisas com mais cuidado perceberá que nasce além do potencial em você, também nasce o potencial do outro. Na filosofia Budista, acredita-se que beneficiar todos os seres seja a única forma de vivenciar a verdadeira felicidade em terra. E esse benefício não se trata de ignorar completamente a si, mas sim saber que o cuidado é o mesmo, e quando cuidamos os outros, é criado em você ainda mais o senso de responsabilidade, se tornando um verdadeiro auto-protagonista, porém não auto-sustentável, porque a felicidade sem as outras pessoas seria impossível. Somos seres sociais. Cultivar esse sentimento virtuoso gera um comportamento virtuoso e progressivamente consequências da virtude.
  5. O sofrimento é causalidade, e pode ser superado. Como registrado anteriormente, o sofrimento também nasce na mente, e o auto-apreço citado é o motivo. Por meio do pensamento, desenvolvemos sentimentos, tais como raiva, que surge a partir da insatisfação. Usamos a raiva como agente de mudança sobre algo que nos parece não satisfazer o desejo, e como já sabemos, o desejo parte do auto-apreço, o tempo inteiro queremos nos beneficiar, ignorando o benefício do outro, e a partir disso, dentro do efeito bola de neve, criamos o conhecido sentimento de raiva. Nós criamos tudo, inclusive uma causa de sofrimento como essa, sabendo que não é um sentimento que gostamos, fazemos sem o perceber. E baseado na intenção do momento, criamos a consequência do que merecemos. No budismo, atitudes virtuosas são entendidas como atitudes que beneficiam outros seres. Diz que se sua intenção for essa, nunca chegara a ficar insatisfeito, não alimentará o ego e a vontade de se sobressair, e isso não fará nascer raiva. Usei a raiva apenas como uma forma de explicar a causalidade, a doutrina explica cada sentimento com detalhes, e isso é tão científico quanto a psicologia. 
  6. Temos o poder de perceber diferente. O que difere a vida triste da feliz é apenas o estado da mente de cada um. A qualidade dos seus pensamentos moldam a qualidade dos seus sentimentos. Isso se alinha com todas as demais lições. Porque você pode acreditar que algo está acontecendo na sua vida porque tudo conspira contra você, ou então você pode apenas pegar aquilo como aprendizado, e prometer a si mesmo que irá melhorar, qual dos dois você acredita que será mais saudável para você? Nos tempos atuais e de fora do Budismo, isso é entendido como positividade. Diz que a forma que você imagina as coisas, as coisas se tornam. Se você enxerga o mundo como guerra, você se armara e machucará os outros, se você acredita que o mundo é aprendizado, você terá prazer em ensinar e aprender, e assim segue sucessivamente, você se comporta e sente as coisas de acordo com sua mente atual. Você tem o poder de criar seus medos e fraquezas, e se criadas, você ainda possui a chance de vencê-las, deve ser entendido que você está aqui para isso, a dor faz parte, o erro é achar que ela deva ser erradicada, sendo que na verdade ela deve ser usada, compreendida.
  7. Tuda passa, até mesmo o tempo passa. O tempo é relativo e se prova em nosso cotidiano, sentimentos de raiva e medo parecem durar mais tempo, e o sentimento de felicidade e tranquilidade parece ir tão rápido. Vivemos na prática, e a lição que podemos tirar em momentos ruins é que passará. Da mesma forma, não seremos ignorantes em achar que a felicidade durará. Como tudo se trata de perspectiva, é uma questão de esforço, de transformar um momento ruim em uma nova lição. E desta forma, sua vida é construída dia a dia, não é um instante que necessariamente definirá toda ela, as vezes acontecem, mas na maioria dos casos, o que torna sua vida como está, é simplesmente a soma de tudo que você vem fazendo.
  8. Sabedoria nada tem a ver com o conhecimento. A diferença entre um sábio e um tolo reside em suas aspirações. Mesmo que não tenhamos estudado muito, sábio não é sinônimo de muito conteúdo e informação, se nossa aspiração for boa e inequívoca, nos envolvemos naturalmente em atividades benéficas e virtuosas, que resultarão em felicidade; mas se equivocada, não obteremos felicidade, por maior que seja nossa absorção de discernimento. Há muitos criminosos que são inteligentes e espertos, mas por causa de suas aspirações equivocadas, cometem os crimes pelos quais findam numa prisão. Não possuir bons desejos é sinal de que não temos verdadeira sabedoria. Compreensão intelectual não necessariamente causa uma fundada sabedoria, embora interesse em conhecimento, o tolo é superficial em seus desejos. Aquilo que conquistamos depende, antes de mais nada, daquilo que desejamos; assim, se nossos desejos forem puros, colheremos resultados vindos da sabedoria. Desenvolver e manter uma constante vigilância de nossas aspirações é uma gestão da sabedoria.
  9. Você não é a voz em sua cabeça. Você é a pessoa que escuta. E pode ser a pessoa que a ignora. Este é um assunto filosoficamente e religiosamente muito discutido, sobre nossa consciência, que podemos perceber que embora seja criada por nossa prática, herdamos muitas coisas do antepassado, sendo criado então tendências que se misturam com nossos hábitos e comportamentos, isso tudo e mais uma questão social, cria a constante reflexão sobre nós mesmos, onde grande parte, é uma consciência pessimista, que cultiva pensamentos arcaicos e de defesa ou ataque. De fato isso prova que a luta é contra a ignorância, porque uma pessoa que não conhece esses fatos, segue essa consciência sem hesitar. Você apenas se torna a voz em sua cabeça, com a faz. Ser resistente e controlar impulsos, não mais é que ser reflexivo e senhor de si. Não deixando levar por qualquer estímulo irracional. O que passa em seus pensamentos podem ser treinado, uma vez que o que você pensa ou o que sua voz diz, tem potencial para virar prática. Vigie seus pensamentos aí então você então terá uma chance de se controlar verdadeiramente. 
  10. Meditação não é pensar em nada e nem descansar. Como alguns gostam de dizer; meditação é tipo dar um “rolê com sua alma”, ela requer concentração em uma coisa que os monges chamam de “objetivo de meditação”, que pode ser diversas coisas e práticas diferentes, depende do objetivo, e você precisa manter sua concentração, eles consideram virtuoso o esforço desta prática, que pode ser melhorada com o tempo, trazendo inúmeros benefícios para a vida, como cientistas já vêm constatando. Sendo uma das práticas mais comuns, a chamada “acalmar a mente”, altamente sugestivo, significa que você precisa vir para o presente, e ignorar as próximas atividades, o seu carro no conserto, seu time jogando e etc. Cada coisa deve ter o seu tempo destinado para ser pensado, ou não pensado, que ao longo prazo, faz com que a meditação seja algo cotidiano, de olhos abertos. Sua mente é seu templo, não deixe que fique sujo, muitas das vezes ignoramos as informações que recebemos e refletimos, dando muita atenção a coisas que são prejudiciais, mas que de alguma forma recebemos com atenção, na inocência e ignorância.

Em resumo de tudo que foi dito: 



Em qual situação você se coloca? Não adianta dar uma leve risada e dizer que é o caso um. Não é engraçado, mesmo que você não ligue.

“A qualidade da sua vida e dada pela qualidade de seus pensamentos”

Me disperso por aqui, enfatizando a importância de manter uma mente saudável, porque acredito que nossa função é de formar pensamentos, não estamos a trabalho ou lazer fazendo tudo que fazemos. Embora eu tenha aprendido muito mais coisas no meu tempo que frequentei o templo, ainda continuo aprendendo cada dia mais, porque essa fonte de sabedoria milenar em qual venho me inspirando está me ajudando a inspirar outras pessoas. 

Meu objetivo em minhas publicações são incentivar o pensar e ajudar a despertar o melhor em nós. Se você gostou deste artigo, por favor, compartilhe a história com seus amigos e se inscrever na minha lista de interessados para receber notícias. Você pode encontrar uma visão geral dos meus artigos aqui.


Thiago Lucas
Thiago Lucas é um empreendedor polimático, designer e instrutor.

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